ARTIGOS

 

 

Atendimentos com crianças: reflexões sobre um caso clínico*

Raquel Moreira Pádova**

 

 


Introdução

Esse trabalho é o relato de um caso clínico, que tem sua pertinência na medida em que traz à discussão a questão da violência contra  criança num sentido mais amplo, donde esta   se refere não só  a um ato (seja de agressão física ou abuso sexual) mas também a toda uma situação em que não é permitido à criança expressar seus sentimentos, ser reconhecida em seu sofrimento e se defender, gerando efeitos que comprometem sua saúde mental.

Torna-se importante delimitar aqui o que estamos chamando de violência. Seguiremos o estudo realizado por Ana Paula Magalhães no livro “Abuso sexual incestuoso”, onde realiza uma pesquisa sobre o conceito de violência. 

Segundo a autora, a violência pode ser analisada sob dois processos: o da vitimação e o da vitimização. A primeira diz respeito a uma violência estrutural marcada pela dominação de classes e desigualdade da distribuição de renda, levando à perda de direitos básicos como saúde, alimentação, educação e a vida. Já a vitimização fala de uma violência nas relações interpessoais adulto- criança, baseada numa hierarquia, no abuso do poder do adulto sobre a criança, colocando esta num lugar de objeto.

A autora segue sua pesquisa expondo as concepções do que seriam maus tratos contra a criança, publicadas pela Abrapia num guia de orientação para profissionais de saúde (1997). Os maus tratos podem ser físicos (agressão), psicológicos (exemplo: rejeição, depreciação e utilização da criança como objeto para atender às necessidades psicológicas de adultos), negligência, Síndrome de Maunchausen (onde os pais mediante simulação de uma sintomatologia fazem com que filho tenha que passar por diversas investigações médicas) e o abuso sexual, caracterizado como situação onde criança ou adolescente é usado para gratificação sexual de um adulto ou adolescente mais velho, baseado em uma relação de poder. Inclui manipulação da genitália, mama ou ânus, exploração sexual, voyeurismo, pornografia e exibicionismo e o ato sexual com ou sem penetração, com ou sem violência.

 

Relato e reflexões a respeito do caso clínico

Júlio (8 anos) veio ao Serviço de Psicologia Aplicada  da UERJ por encaminhamento do Conselho Tutelar. No primeiro atendimento, compareceu com sua mãe  Dilma   e seu irmão de 6 anos Marcos. Dilma em entrevista com a psicóloga relatou que procurou  o Conselho Tutelar visando o encaminhamento dos filhos Marcos (por queixa de agressividade) e Julio (por queixa de enurese) para acompanhamento psicoterápico. No atendimento com o psicólogo do Conselho Tutelar, Júlio revelou que o pai pegava em seu pênis e no de seu irmão e afirmou nunca ter falado isto para a mãe por medo de que o pai brigasse com ele.

Assim que surgiu a suspeita de que o pai poderia estar molestando as crianças, Dilma saiu do emprego para ficar presente em casa com os filhos, tendo como renda apenas o auxílio desemprego.

Foram realizadas outras entrevistas com a mãe em presença das crianças. Nesta, Dilma trazia muitas queixas em relação ao marido, José, descrevendo-o como uma pessoa irresponsável, agressiva e que levava os filhos para ficarem com ele junto no bar enquanto bebia cerveja, dando mau exemplo. Disse já ter visto o pai em tom de brincadeira de fato pegar no  pênis do filho e que sempre repreendeu o marido por tais “brincadeiras”. Dilma também vinha com um discurso de que este marido teria problemas psiquiátricos por ter estes comportamentos inadequados, e repetidamente trazia demanda de assistência para o marido, esperando que a psicologia fosse “curá-lo”.

Nos atendimentos, Dilma se mostrava muito ansiosa, cobrando soluções e respostas. Trazia dúvida se realmente tratava-se de uma situação de abuso sexual apesar de Júlio ter afirmado claramente que o pai pegava em seu pênis e demonstrasse como se sentia constrangido e coagido por isso.  É como se ela esperasse de Júlio uma revelação que de fato atestasse a intenção sexual ou não do ato paterno.  No entanto o que poderia dizer  a este respeito, Júlio já havia dito desde o encontro com o psicólogo do Conselho Tutelar.

Nas sessões foi necessário pontuar que o aquele ato do pai de pegar em seu pênis era vivido por Julio como algo constrangedor, situação em que ele se via sem condições de defesa, já que temia represálias do pai. Nesse  sentido tal “brincadeira” (como o pai  afirmava ser) tratava-se de ato violento contra a criança. Este pai teria que responder pelo ato, e a proteção às crianças teria que ser assegurada.

Foi recomendado a Dilma que desse queixa na delegacia legal e ressaltada a importância da atenção e cuidados aos filhos visando sua proteção.

Júlio e Marcos escutavam atentamente minhas conversas com Dilma. Quando perguntei a Júlio sobre o motivo dele estar vindo à psicóloga, diz saber o porque e assertivamente responde: “porque meu pai pega no meu piru, e eu não gosto” (sic). Questiono se o pai já havia feito então outras coisas de que ele não gostava. Reponde que não. Questiono sobre o que acha das coisas que eu vinha falando para a mãe dele. Diz que acha bom porque assim o pai sairia de casa.

Após algumas entrevistas, Dilma resolve conversar com o pai sobre as revelações de Júlio. O pai negou e  imediatamente Júlio respondu que o pai   fazia sim e que ele não gostava disso! De alguma forma, as conversas com a terapeuta permitiram a Júlio dizer o que pensava frente a esse pai, impondo aí seu desejo e também um limite.  Isso foi possível porque sua palavra foi reconhecida por um adulto.

Dilma chegou a ir a delegacia legal para fazer a queixa contra o marido, onde segundo seu relato o delegado conversou com Julio  e avaliou não haver nada específico que configurasse um abuso sexual, orientando  a Dilma que não registrasse queixa alguma.

Realizei também um atendimento com o pai, José, que se mostrou bastante preocupado em esclarecer os fatos. Relata que realmente brincava de pegar no pênis do filho, mas que de forma alguma fazia isso com intenção “sexual”, que era brincadeira “de pai com filho”. Pontuei que “tal  brincadeira”,  era sentida pelo filho como algo invasivo e constrangedor, por isso não poderia fazer tal ato. José relatou que desde que tomou conhecimento da revelação do filho estivera afastado dele.

Iniciei os atendimentos individuais com Júlio e em paralelo  sessões individuais com a mãe que sempre trazia a demanda de que a psicóloga descobrisse de fato o que havia acontecido.

Dilma questionava diversas vezes Júlio, perguntando se realmente aquilo tinha acontecido, se era verdade. Em uma sessão pontuo que para ela estava sendo muito difícil ouvir do filho tais coisas e que de fato ele  já tinha expressado o acontecido da forma como lhe era possível.  Ela então chora, revelando que Marcos também havia lhe dito que o pai o chamava para deitar na cama junto com ele e que ficava passando a mão em seu pênis. Falo da importância de se levar em conta o que as crianças diziam.

Dilma mostrava-se ambivalente em relação ao marido. Embora se queixasse dele e da falência de seu casamento, não o tirava de casa e trazia incessantemente uma demanda de atendimento a ele como que para reparar aquela relação, a estrutura familiar. Não se separava alegando problemas financeiros, no entanto também dizia que ele não cooperava em nada dentro de casa. Relatou diversas brigas, presenciadas pelos filhos.

 

Os atendimentos com a criança

 Relato agora a evolução dos atendimentos de Júlio. Inicialmente muito reservado, brincava repetidamente de boliche.  Passou então a trazer brincadeira onde eu deveria adivinhar qual palavra ele estava pensando, dava algumas dicas, mas eu tinha que tomar cuidado porque eram sílabas que me direcionavam para diversas palavras parecidas no entanto tão diferente. É como se Julio desejasse que eu de fato tivesse acesso aos seus pensamentos e sentimentos, ao mesmo tempo em que havia a questão se eu o compreenderia, empatizaria com aquilo que realmente queria dizer. Isso foi verbalizado para o paciente. Seguiu-se então 2  de sessões muito ricas, donde Júlio expressava fantasias, sentimentos, medos, enfim uma série de vivências psíquicas  que estavam relacionadas com toda situação atual. Relatarei resumidamente as duas sessões. 

Na primeira sessão encena a luta de alguns animais. Haverão duelos onde ficarão os mais fortes. Um personagem se destaca: o touro. No duelo esse perde para alguns animais menores, o que indica que na brincadeira seu potencial destrutivo está controlado. Ao narrar para a terapeuta os atributos do touro (animal forte que quando irado briga com toda fúria, ferindo os oponentes), Júlio é tomado de intensa ansiedade, falando aceleradamente que sua mãe tem medo de touro, que quase já foi atacada por um. Em seguida fala que gosta de praia, mas que sua mãe não o deixa ir porque a água é suja. Continua a brincadeira. Os animais (violentos) queriam pegar o filho do rei a mando de um soldado que tinha armado toda essa trama. Dois outro soldados sabiam da história mas não contaram ao rei porque tinha medo de serem punidos por ele. Além disso, levariam a culpa no lugar do outro. Decidem então chamar um mago, que deveria saber enfim quem tinha armado o seqüestro do filho do rei.

Aqui, Júlio parece estar expressando o medo de represálias do pai, que como o touro da brincadeira reagiria violentamente ao seu provocado, contrariado. Traz o questionamento de quem seria o culpado pelas coisas que estavam acontecendo, ele ou o pai, ao mesmo tempo em que fala de um sentimento de impotência, não podendo expressar ou denunciar o que não estava bem, na medida em que não sentia confiança nas outras pessoas ou  porque não acreditariam nele, ou porque de fato ele poderia ser o culpado.  Essa brincadeira traz o inicio de uma tentativa de elaboração por parte de Júlio de toda situação que vinha vivendo em relação aos atos do pai e dos acontecimentos subseqüentes à sua denuncia no Conselho Tutelar. Há aqui um apelo transferencial, onde a terapeuta, como mago, deveria ajudá-lo a compreender o que estava acontecendo além de descobrir quem de fato era o culpado.

Na sessão seguinte, "os bichos estão soltos". Animais são libertados do zoológico para aterrorizar a cidade. Soldados tentam impedi-los  Tais animais foram escravizados pelo Dalmata e seu parceiro Robin. Quando questionado como era isso, afirma que escravizar significava  vestir o outro de mulher, fazê-lo dançar e mandar ele pegar coisas longe para ele. Verbalizo então que seria obrigar o outro a fazer coisas de que não gostava, de que tinha vergonha. " é”, responde Júlio, " e os bichos estão com muita raiva!" Fala então que o culpado por este ataque à cidade é o Dalmata mas que ele irá fugir e quem levará a culpa é o outro Dalmata, muito parecido com ele! Importante ressaltar que pai e filho possuem o mesmo nome.

Júlio parece expor o sentimento de passividade e conseqüentemente raiva, vividos em relação aos atos abusivos do pai.

Nesta mesma época, Júlio foi encaminhado para ABRAPIA para entrevista de revelação. A ansiedade de sua mãe aumentou consideravelmente. Segundo ela mesma dizia, perguntava diversas vezes  a Júlio o que ‘realmente’ tinha acontecido, questionava se tinha ocorrido mesmo o que ele dizia. Dilma queixava-se constantemente do marido, dizendo que tudo que estava acontecendo (problemas financeiros, tratamento aos filhos, ansiedades dela) era culpa dele.

Após isso, Júlio não trouxe mais esses conteúdos. Notoriamente se fecha. Em suas brincadeiras rivalizava com a terapeuta, comemorando euforicamente vitórias sobre a mesma. Negava ou   desvalorizava qualquer pontuação da terapeuta, como que a imobilizando. Júlio trazia  uma resistência que parecia ser proporcional às ansiedades da mãe.

Depois de um bom tempo assim, Júlio começou a trazer brincadeiras onde se sentia perseguido, cercado. Pude então interpretar a sensação de que se sentia mesmo cercado, com várias pessoas perguntado o que havia acontecido, quando na verdade ele já tinha falado o que conseguia dizer. Também pontuei o quanto parecia para ele difícil expressar o que sentia ou pensava em relação a tudo o que tinha ocorrido porque  era como se as pessoas não o escutassem. Pontuei a raiva que poderia estar sentindo da terapeuta por eu querer em alguns momentos entrar em contato com seus sentimentos e pensamentos, que para ele eram tão difíceis de serem acessados por causar sofrimento.

Nas sessão seguintes, Júlio pode expressar um pouco a fonte de suas ansiedades:

Iniciou a sessão me contando uma série de situações em que teve que mentir ou omitir a verdade para não se dar mal. Interpreto que é como se ele não pudesse contar o que se passa com ele porque sente que sairia perdendo com isso! As pessoas poderiam não acreditar ou então culpa-lo pelo que estava acontecendo.

Segue me contando de sua escola, do quanto brinca lá. Conta também das brincadeiras de futebol com o pai, e que ele lhe dá dinheiro, brinquedos. Interpreto a dificuldade em expressar ou pensar sobre as coisas que aconteceram, sua raiva porque a pessoa envolvida, de alguma forma também lhe dá coisas boas. Júlio então fala de coisas que a mãe mandou ele fazer (tomar banho, estudar). Interpreto o conflito vivido por Julio, uma vez que algo foi feito que ele não gostou , no entanto, Júlio se mostra confuso se deveria ou não ter se sentido mal ou reclamado do que aconteceu porque o envolvido era seu pai, pessoa que como pai, lhe dava também coisas boas,  e de certa forma tem um papel de autoridade frente ao filho. Refórço em seguida que haviam coisas que um pai não tinha o direito de fazer, como por exemplo manipular seu "piru" e fazer coisas   que  lhe causasse dor ou sofrimento.

Júlio então me pede que eu silencie porque alguém atrás da parede pode estar  ouvindo o que falamos naquele momento. Diz que poderia derrubar a parede para saber quem ouvia, mas para fazer isso teria que ter muito dinheiro para reconstruí-la. Esse tema do dinheiro já era presente em diversas outras sessões. Júlio dizia que precisava levar dinheiro para casa. Lembrando que essa era uma das principais queixas atuais da mãe, culpado inclusive o marido pelas dificuldades financeiras.  O que Júlio expressava aqui nesta sessão e em outras era que sentia como se ao falar de seus sentimentos causasse grandes estragos. A família não poderia mais se manter nem financeiramente nem unida. Sentia-se o responsável pelas brigas dos pais, ansiedades e desgastes desta família com idas ao Conselho, Delegacias, etc.

Chamo atenção aqui para os conflitos internos vividos por Júlio. Segundo Nogueira e Pereira de Sá (2004), se a criança não tem sua palavra reconhecida por um adulto acaba vivenciando uma confusão entre o que é real / verdadeiro e o que é mentira, fabulação. Ela começa a duvidar de si mesma e o passo seguinte é adaptar-se á violência vivida, deixando de buscar ajuda, silenciando e sustentando a situação às custas de muito sofrimento psíquico.

 Vimos que nesse caso relatado o ato realizado pelo pai toma uma forma ambígua: não fica claro se é brincadeira inconveniente ou um ato abusivo com intenção sexual. Júlio sente como um ato violento no entanto os adultos que a cercam não o  reconhecem como tal. Isso traz sérias conseqüências para equilíbrio emocional desta  criança ainda mais porque em si, a situação de abuso sexual já a confronta com elementos contraditórios que dificultam a elaboração desta vivência e a possibilidade de se defender.

Geralmente a criança tem uma  relação prévia  de amor e confiança com o abusador mantendo um certo nível de dependência afetiva e psicológica. Por conta disso,  sente ambivalência em relação ao abusador. Ao mesmo tempo em que deseja se defender teme as conseqüências de sua revelação, podendo sentir-se culpada pela desestruturação familiar ou punição que o abusador possa sofrer.

Ferenczi no artigo ‘Confusão de línguas entre adultos e crianças’ (1933), fala do conflito vivido pela criança abusada sexualmente, uma vez que pelas características da própria sexualidade infantil, tem fantasmas lúdicos em relação aos casal parental, que podem até tomar um caráter erótico mas é sempre ao nível da ternura, nunca tomando dimensão dos desejos de uma pessoa que atingiu maturidade sexual.  Se no momento dessa fase da ternura impõe-se a criança um amor passional ao qual ela não tem maturidade nem psíquica nem fisiológica para dar conta, isso pode proporcionar as mesma conseqüências patógenas que a privação do amor.

Para Ferenczi a primeira reação da criança ao abuso seria de ódio, recusa, resistência violenta. Mas diante da impossibilidade de se defender (por ameaça do abusador, medo de ser desacreditada) a criança chega a um ponto em que passa a se identificar com o agressor, se submetendo às vontades dele, obedecendo-o e esquecendo inteiramente de si. A mudança significativa provocada pela identificação ansiosa com o parceiro adulto é a introjeção do sentimento de culpa dele: a brincadeira até então anódina aparece como ato que merece punição.

  Outro mecanismo de defesa presente para lidar com o abuso sexual é a clivagem  -  onde o fator traumático e as emoções aflitivas ligados a ele são isolado. Com isso indivíduo é capaz de um funcionamento quase normal sob a condição de que os afetos e emoções sejam pouco relacionadas.  Isso em longo prazo compromete a integridade de seu ego e consequentemente influi no modo como o sujeito vivencia suas relações pessoais. Ferenczi afirma que na criança que sofre abuso, a vida sexual ou não se desenvolve ou toma formas perversas.

Júlio pode expressar nos atendimentos um pouco dos conflitos e mecanismos usados no confronto com a situação de violência. Assolado pela sensação de ser incompreendido, e sentimentos de ambivalência e culpa, encontra dificuldades para significar o abuso vivido em relação ao pai. Em alguns momento opta por calar, clivando os sentimentos vividos em relação aos pais e a todo contexto após sua denuncia no Conselho Tutelar.

Diante desse quadro, o trabalho terapêutico visou a constituição de um vínculo de confiança onde a criança tivesse sua palavra reconhecida, viabilizando a expressão de fantasias e sentimentos que com auxílio do terapeuta pudessem ser colocadas em palavras, o que contribui para  a elaboração da situação traumática e reestruturação  do mundo interno e relações objetais da criança.

 

Referências Bibliográficas

FERENCZI, S. “Confusão de língua entre os adultos e as crianças, a linguagem da ternura e da paixão” in Escritos Psicanalíticos 1909-1933. R.J. Livraria Taurus Editora.

MAGALHÃES, A. P. Abuso sexual incestuoso: um tema centrado na criança e na família. Rio de janeiro. Letra Capital. 2005

NOGUEIRA, S. E. & PEREIRA DE SÁ, M. L. B. “Atendimento psicológico a crianças vítimas de abuso sexual: alguns impasses e desafios” in: O mosaico da violência. A perversão na vida cotidiana. Almeida Prado, M. C. C. A. (coord.)São Paulo. Vetor.2004

 

 

Notas

* Trabalho desenvolvido no setor Pediatria sob supervisão de Maria Luiza B.  P. de Sá e apresentado no XI Fórum de Residência em Psicologia Clínico-Institucional , em setembro de 2007.
** Psicóloga, Residente no 1º ano do Programa de Residência em Psicologia Clínico-Institucional do IP/HUPE/UERJ.